Seguidores

domingo, 20 de julho de 2008

Dia 20 de julho, Sessão Inaugural da Academia Brasileira de Letras

Vem do século XIX o desejo de escritores e intelectuais de criar uma academia a exemplo da Academia Francesa. A iniciativa foi de Lúcio Mendonça, em 15 de dezembro de 1896. Várias reuniões se realizaram sob a presidência de Machado de Assis, na redação da Revista Brasileira. Estas reuniões prossseguiram e foram aprovados os Estatutos, em 28 de janeiro de 1897, com um quadro de 40 membros fundadores. Em 20 de julho se realiza a Sessão Inaugural da Academia Brasileira de Letras, que é o órgão lingüístico e literário máximo do País, nas instalações do Pedagogium, no centro do Rio de Janeiro. Sem sede própria nem recursos financeiros, as reuniões da Academia foram realizadas nas dependências do antigo Ginásio Nacional, no salão nobre do Ministério do Interior, no salão do Real Gabinete Português de Leitura, sobretudo para as sessões solenes. As sessões comuns sucediam-se no escritório de advocacia do Primeiro Secretário, Rodrigo Octávio. A partir de 1904, a Academia obteve a ala esquerda do Silogeu Brasileiro, um prédio governamental que abrigava outras instituições culturais, onde se manteve até à conquista da sua sede própria.
Graças à iniciativa de seu presidente à época, Afrânio Peixoto, e do então embaixador da França, Raymond Conty, o governo francês doou à Academia o prédio do Pavilhão Francês, edificado para a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, uma réplica do Petit Trianon de Versalhes, erguido pelo arquiteto Ange-Jacques Gabriel, entre 1762 e 1768.
Essas instalações encontram-se tombadas pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC), da Secretaria Estadual de Cultura, desde 9 de Novembro de 1987. Seus salões funcionam até os dias de hoje abrigando as reuniões regulares, as sessões solenes comemorativas, as sessões de posse dos novos acadêmicos, assim como para o tradicional chá das quintas-feiras. Podem ser conhecidas pelo público em visitas guiadas, ou em programas culturais como concertos de música de câmara, lançamento de livros dos membros, ciclos de conferências e peças de teatro.
No primeiro pavimento do edifício, no Saguão, destaca-se o piso de mármore decorado, um lustre de cristal francês, um grande vaso branco de porcelana de Sèvres e quatro baixos-relevos em pedra de coade ingleses.
Entre as demais dependências, ressaltam-se:
- o Salão Nobre, onde ocorrem as sessões solenes;
- o Salão Francês, onde o novo membro, tradicionalmente, permanece sozinho, em reflexão;
- a Sala Francisco Alves, onde destaca-se uma pintura a óleo sobre tela, da autoria de Rodolfo de Amoedo, retratatando um coletivo de escritores e intelectuais do século XIX; - a Sala dos Fundadores, decorada com mobiliário de época e pinturas de Cândido Portinari;
- a Sala Machado de Assis, decorada com a escrivaninha, livros e objetos pessoais do escritor, com destaque para um retrato dele, de autoria de Henrique Bernardelli;

- a Sala dos Poetas Românticos tem como destaque os bustos em bronze de Castro Alves, Fagundes Varela, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo, de autoria de Rodolfo Bernardelli.

No segundo pavimento encontra-se a Sala de Chá, onde os acadêmicos se encontram, às quintas-feiras, antes da Sessão Plenária, a Sala de Sessões e a Biblioteca. Esta última atende aos acadêmicos e a pesquisadores, com destaque para a coleção de Manuel Bandeira.
A Academia Brasileira de Letras fica na Av. Presidente Wilson 203, Castelo CEP 20030-021 Rio de Janeiro- RJ Tel.: (21) 3974-2500 http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home

Nenhum comentário: