Homenagem poética aos escritores
VIAJANDO PELOS LIVROS (***)
Descortinei mil mundos
Em viagens alucinantes,
Sonhei, sofri e chorei
Em histórias desconcertantes...
Fui cavaleiro andante,
fui marinheiro arrojado,
fui amante e fui amado
Nas idas e vindas da história...
Eu fui o herói sem glória,
Viajante intergaláctico,
Fui vidente enigmático
Nos abismos siderais
E fui tantas coisas mais!
Fui um príncipe encantado,
Fui também um renegado
Vivi entre densas selvas,
Corri por campos de relvas,
Fui o Médico e o Monstro!
Fui acerto e desencontro
Fui a alma que se encanta
Senti na própria garganta
O gosto da guilhotina,
Fui a sorte e fui a sina
De sábios e imperadores.
Fui o ódio e fui amores
De intrigas cortesãs,
No Éden fui as maçãs
E os desejos de Eva.
Fui a oração que eleva,
E a maldição assassina.
Fui garoto, fui menina,
Fui o Príncipe e o Mendigo,
Fui tempestade e abrigo
Fui luz e também fui treva!
Fui a reza que eleva
E fui o ódio que aflora!
Eu fui os sonhos de outrora,
Eu fui as vinhas da ira,
Fui a verdade e a mentira
Fui paixão arrebatada,
Eu fui o tudo e o nada,
Eu fui doces corações.
E naveguei com Camões
Pelas trilhas da tragédia.
Eu fui a Divina Comédia,
Fui Romeu e Julieta,
Saí desse meu planeta
Fui direção e percursos.
Eu estive nos discursos
Com que Platão se expressou,
Amei como ele amou.
Eu fui das feras o faro,
Nas neves do Kilimanjaro.
Fui opressor e garrote,
Viajei com D. Quixote,
Pelos moinhos de vento.
Eu estive no momento
Em que Peri e Ceci
Amaram, no "O Guarani"!
Fui Espumas Flutuantes,
Senti medo alucinante
No Poderoso Chefão!
E de novo em Tubarão,
Tremi como uma criança.
Fui também a esperança
De que voltasse à vida
Nossa Bela Adormecida.
Fui Tarzan em muitas grotas,
Torci pelo Gato de Botas,
E fui a cigarra amiga
Na Cigarra e a Formiga.
Fui choro que desespera
No drama A Bela e a Fera.
Fui um grande Monsenhor
Nas Sandálias do Pescador!
Senti os Ventos Uivantes!
Estão em mim os instantes
Dos livros, e toda a alegria!
Nada disso existiria
Nem ódio nem o amor,
Se não existisse o escritor!!* * *
Descortinei mil mundos
Em viagens alucinantes,
Sonhei, sofri e chorei
Em histórias desconcertantes...
Fui cavaleiro andante,
fui marinheiro arrojado,
fui amante e fui amado
Nas idas e vindas da história...
Eu fui o herói sem glória,
Viajante intergaláctico,
Fui vidente enigmático
Nos abismos siderais
E fui tantas coisas mais!
Fui um príncipe encantado,
Fui também um renegado
Vivi entre densas selvas,
Corri por campos de relvas,
Fui o Médico e o Monstro!
Fui acerto e desencontro
Fui a alma que se encanta
Senti na própria garganta
O gosto da guilhotina,
Fui a sorte e fui a sina
De sábios e imperadores.
Fui o ódio e fui amores
De intrigas cortesãs,
No Éden fui as maçãs
E os desejos de Eva.
Fui a oração que eleva,
E a maldição assassina.
Fui garoto, fui menina,
Fui o Príncipe e o Mendigo,
Fui tempestade e abrigo
Fui luz e também fui treva!
Fui a reza que eleva
E fui o ódio que aflora!
Eu fui os sonhos de outrora,
Eu fui as vinhas da ira,
Fui a verdade e a mentira
Fui paixão arrebatada,
Eu fui o tudo e o nada,
Eu fui doces corações.
E naveguei com Camões
Pelas trilhas da tragédia.
Eu fui a Divina Comédia,
Fui Romeu e Julieta,
Saí desse meu planeta
Fui direção e percursos.
Eu estive nos discursos
Com que Platão se expressou,
Amei como ele amou.
Eu fui das feras o faro,
Nas neves do Kilimanjaro.
Fui opressor e garrote,
Viajei com D. Quixote,
Pelos moinhos de vento.
Eu estive no momento
Em que Peri e Ceci
Amaram, no "O Guarani"!
Fui Espumas Flutuantes,
Senti medo alucinante
No Poderoso Chefão!
E de novo em Tubarão,
Tremi como uma criança.
Fui também a esperança
De que voltasse à vida
Nossa Bela Adormecida.
Fui Tarzan em muitas grotas,
Torci pelo Gato de Botas,
E fui a cigarra amiga
Na Cigarra e a Formiga.
Fui choro que desespera
No drama A Bela e a Fera.
Fui um grande Monsenhor
Nas Sandálias do Pescador!
Senti os Ventos Uivantes!
Estão em mim os instantes
Dos livros, e toda a alegria!
Nada disso existiria
Nem ódio nem o amor,
Se não existisse o escritor!!* * *
(J.B.Xavier)
Nenhum comentário:
Postar um comentário