No ranger da cadeira
Sentada na cadeira de balanço,
sempre após as refeições,
ou a qualquer hora
da noite ou do dia,
estava aquela senhora
a me fazer companhia.
Cabelos brancos ralos e macios,
soltos sobre as almofadas,
emolduravam seu rosto
e não deixavam enxergar
se ela cantava com gosto
tanta cantiga de ninar.
No ranger do vai e vem da cadeira,
meu corpo sentia sono,
e logo os olhos se entregavam
àquele abraço gostoso,
e meus medos se afastavam
dos meus sonhos sem retorno.
Lições que aprendi.
Educação que ganhei.
Tantos mimos e presentes
que me deixavam sem jeito.
Nos carinhos envolventes
vovó me ensinou o respeito.
márcia fernanda peçanha martins
sábado, 26 de julho de 2008
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