Bom, Soninha, o que posso falar sobre mim? Vou tentar ser interessante, embora eu considere meus textos bem mais atraentes.
Meu nome completinho é Patrícia da Fonseca Martins, mas como eu não gosto do meu último sobrenome, só assino meus trabalhos como Patrícia da Fonseca. Parece-me ter mais estilo.
Nasci contrariando previsões. Segundo a obstetra da minha mãe, eu deveria vir ao mundo por volta do dia 10 de novembro, do distante ano de 1970. Mas não suportei a espera. Nasci libriana (para meu desgosto) em uma tarde ensolarada de outubro, há 37 anos atrás, dia 20. Desgosto em ser libriana? Sim! Eu queria vir escorpião. Librianos são bonzinhos demais. Eu sou boazinha demais. Porto Alegre é minha terra natal. Sofro com o frio que faz aqui, com o calor que nos derrete e com aqueles domingos chuvosos que volta e meia nos tiram do sério. Mas eu aprendi que o tempo ruim está nos olhos de quem quer vê-lo. Agora, por exemplo, está um domingo horroroso, mas quando eu olho pela janela, a única coisa que enxergo é um sol brilhante. Não quero tempo ruim na minha vida. Somente o brilho do sol e a luz das estrelas.
Eu acho que aprendi a escrever ao mesmo tempo em que aprendi a ler. Com seis anos escrevi minha primeira historinha. Ela ocupava uma folha apenas e era sobre uma princesa. Minha mãe disse que adorou... Sei lá. E assim vim escrevendo, por estes trinta anos a fio, que nem uma doida varrida. Historinhas que ocupavam apenas uma folha de um caderno infantil se transformaram depois em três, quatro páginas. Com o passar do tempo, antes de surgir o computador na minha vida, eu comprava cadernos universitários e gastava litros de tinta das canetas BIC, escrevendo verdadeiros livros. Hoje me aperfeiçoei. Meus livros não estão engavetados. Estão armazenados em um pen-drive. Fiquei moderninha.
Como eu sempre detestei estudar, fui reprovada duas vezes no ensino fundamental para horror dos meus pais. Sou a filha do meio. Tanto minha irmã mais velha como meu irmão mais novo eram estudiosos, passavam por média e eu lá, vagabundeando. Até hoje sou assim. Falou em estudar, eu fico arrepiada. Às vezes até deprimida. Terminei me formando em Técnico em Secretariado na Escola Técnica de Comércio da UFRGS e há dois anos eu faço um curso EAD de Turismo pela UNISUL. Óbvio que freqüentar sala de aula, com professor, horário de entrada e saída, nem pensar. Faz uma semana concluí um curso de drenagem linfática corporal. Assim, de uma hora para outra, achei que poderia dar para a coisa. Talvez ano que vem eu faça um curso de massoterapia. Talvez. Sempre quis patinar… mas isto vai ficar para depois das minhas férias. Não posso correr o risco de me quebrar no verão. Mas a minha atividade principal é ser servidora pública. Sou chefe da Divisão de Pessoal da Secretaria das Obras Públicas do Estado. Oh, céus… Eu trocaria tudo, absolutamente tudo (turismo, drenagem, Obras Públicas) para ganhar minha vida escrevendo. Eu já sou feliz, mas para completar minha felicidade, a única coisa que eu preciso é do meu notebook e do meu pen-drive. Tá bom, um cara legal também me deixaria contente. Mas escrever é a minha cocaína. Ah, além disso tudo, faço academia também. Vou voltar pra musculação e aulas de bike são as minhas preferidas. Não gosto de ficar com a energia represada. Sem falar na minha neurastenia para manter o peso sempre abaixo do limite considerado normal.
E tem um detalhe muito interessante. Nem meus amigos mais íntimos sabem que sou escritora. Porém, morro de vergonha que leiam minhas coisas. Aqui em casa faz pouco tempo que revelei este grande Segredo. Uma vez criei coragem e fiz minha mãe ler um texto meu publicado na internet. Era sobre o gato Romeu. De novo ela disse que gostou. Será que é coisa de mãe? Meu sonho - e para mim não existem sonhos impossíveis - é ver meus livros se tornarem best sellers. Quando eu entro em livrarias, imagino-os ali, com minha foto estampada na contracapa, linda, maravilhosa, um pouquinho de fotoshop para não ficar tão palidazinha. Acredito que o universo conspira sempre a meu favor, desde que eu me ajude também. Portanto, me aguardem.
A entrevista será publicada na coluna Toda Mídia, do Jornal Vejo São José, neste final de semana confiram.
http://www.vejosaojose.com.br/todamidia.htm
Meu nome completinho é Patrícia da Fonseca Martins, mas como eu não gosto do meu último sobrenome, só assino meus trabalhos como Patrícia da Fonseca. Parece-me ter mais estilo.
Nasci contrariando previsões. Segundo a obstetra da minha mãe, eu deveria vir ao mundo por volta do dia 10 de novembro, do distante ano de 1970. Mas não suportei a espera. Nasci libriana (para meu desgosto) em uma tarde ensolarada de outubro, há 37 anos atrás, dia 20. Desgosto em ser libriana? Sim! Eu queria vir escorpião. Librianos são bonzinhos demais. Eu sou boazinha demais. Porto Alegre é minha terra natal. Sofro com o frio que faz aqui, com o calor que nos derrete e com aqueles domingos chuvosos que volta e meia nos tiram do sério. Mas eu aprendi que o tempo ruim está nos olhos de quem quer vê-lo. Agora, por exemplo, está um domingo horroroso, mas quando eu olho pela janela, a única coisa que enxergo é um sol brilhante. Não quero tempo ruim na minha vida. Somente o brilho do sol e a luz das estrelas.
Eu acho que aprendi a escrever ao mesmo tempo em que aprendi a ler. Com seis anos escrevi minha primeira historinha. Ela ocupava uma folha apenas e era sobre uma princesa. Minha mãe disse que adorou... Sei lá. E assim vim escrevendo, por estes trinta anos a fio, que nem uma doida varrida. Historinhas que ocupavam apenas uma folha de um caderno infantil se transformaram depois em três, quatro páginas. Com o passar do tempo, antes de surgir o computador na minha vida, eu comprava cadernos universitários e gastava litros de tinta das canetas BIC, escrevendo verdadeiros livros. Hoje me aperfeiçoei. Meus livros não estão engavetados. Estão armazenados em um pen-drive. Fiquei moderninha.
Como eu sempre detestei estudar, fui reprovada duas vezes no ensino fundamental para horror dos meus pais. Sou a filha do meio. Tanto minha irmã mais velha como meu irmão mais novo eram estudiosos, passavam por média e eu lá, vagabundeando. Até hoje sou assim. Falou em estudar, eu fico arrepiada. Às vezes até deprimida. Terminei me formando em Técnico em Secretariado na Escola Técnica de Comércio da UFRGS e há dois anos eu faço um curso EAD de Turismo pela UNISUL. Óbvio que freqüentar sala de aula, com professor, horário de entrada e saída, nem pensar. Faz uma semana concluí um curso de drenagem linfática corporal. Assim, de uma hora para outra, achei que poderia dar para a coisa. Talvez ano que vem eu faça um curso de massoterapia. Talvez. Sempre quis patinar… mas isto vai ficar para depois das minhas férias. Não posso correr o risco de me quebrar no verão. Mas a minha atividade principal é ser servidora pública. Sou chefe da Divisão de Pessoal da Secretaria das Obras Públicas do Estado. Oh, céus… Eu trocaria tudo, absolutamente tudo (turismo, drenagem, Obras Públicas) para ganhar minha vida escrevendo. Eu já sou feliz, mas para completar minha felicidade, a única coisa que eu preciso é do meu notebook e do meu pen-drive. Tá bom, um cara legal também me deixaria contente. Mas escrever é a minha cocaína. Ah, além disso tudo, faço academia também. Vou voltar pra musculação e aulas de bike são as minhas preferidas. Não gosto de ficar com a energia represada. Sem falar na minha neurastenia para manter o peso sempre abaixo do limite considerado normal.
E tem um detalhe muito interessante. Nem meus amigos mais íntimos sabem que sou escritora. Porém, morro de vergonha que leiam minhas coisas. Aqui em casa faz pouco tempo que revelei este grande Segredo. Uma vez criei coragem e fiz minha mãe ler um texto meu publicado na internet. Era sobre o gato Romeu. De novo ela disse que gostou. Será que é coisa de mãe? Meu sonho - e para mim não existem sonhos impossíveis - é ver meus livros se tornarem best sellers. Quando eu entro em livrarias, imagino-os ali, com minha foto estampada na contracapa, linda, maravilhosa, um pouquinho de fotoshop para não ficar tão palidazinha. Acredito que o universo conspira sempre a meu favor, desde que eu me ajude também. Portanto, me aguardem.
A entrevista será publicada na coluna Toda Mídia, do Jornal Vejo São José, neste final de semana confiram.
http://www.vejosaojose.com.br/todamidia.htm
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