Palhaços, malabaristas, trapezistas,
animais, bailarinas e equilibristas
esperam os aplausos da platéia.
Tampinha, sem eira nem beira,
um palhaço se esconde sob a pintura.
Solta pum. Mas que estranha criatura
que leva uma vida tão confusa e séria.
Renatinha, a rainha dos malabares,
nem sempre disfarça e troca olhares
com Zequinha, que faz pose no balanço.
São beijos e carinhos em todo intervalo.
Sob a lona surrada e estendida
que abriga os atores do circo,
berra e urra a platéia desinibida.
E um novo pum do Tampinha
estremece o picadeiro.
A criançada sente o cheiro
e grita: “seu palhaço, ai que mico”.
Márcia Fernanda Peçanha Martins
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