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quinta-feira, 30 de julho de 2009

SOU AVÓ


Caí num caldeirão enluarado,

cheio de fraldas empapeladas,

um choro distante da minha memória

e uma música de embalar sonhos, a sós.

Quanta desordem...

nessa minha alma inquieta e trapaceira

que, de longe, salta sobre os trilhos do futuro

numa busca remota do entardecer.

Mas o que encontro é alvorada,

é canto de pássaro,

berçário de conchas,

é terra adubada,

se há degrau...é um só.

Então me reciclo: céus, sou avó!

Mas se a casca murchou, o olho encolheu...

a chama ficou...ainda sou eu!


Basilina Pereira

2 comentários:

Basilina disse...

Pessoal, postei este poema ,um pouco atrasado, eu sei, mas ainda em homenagem ao dia dos v.

Marcinha disse...

Atrasado nada Vovó Basi
Adorei
Gosto quando os tecedores e tecedoras ocupam, por conta própria, este espaço que é de todos.
E você nem parece vó
bjs