Finados (*)
Eu me lembro da infância...sempre o vento
nesse dia das almas, a silenciar o meu quintal,
flores recolhidas antes de o sol se pôr, atento
cessavam os risos, as vidas saiam do original.
Abraçávamos os colos que nos davam, intrigados
com aqueles olhos que se perdiam num sem-fim,
era um dia solene, separando e dividindo mundos
vivos e mortos se confundiam, tristes, em mim.
Dos cemitérios não sei, não me levavam
mas guardo os cânticos em latim e a cor roxa
e um ritual de velas e orações é que ficaram...
O mesmo vento ainda vêm rondar a minha vida,
das minhas cenas já se foram " almas queridas,
"só hoje entendo, " olhares de vazios'...."
Ana Luiza (coisas de Ana)
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário