A árvore secular (*)
Ah! teus galhos se espalham
confortantes
como os braços de uma mulher
e se enrolam, e se derramam.
Insinuantes.
Tuas folhas leves se soltam
esvoaçantes
como a mente de uma criança
e se perdem, mas retornam.
Gratificantes.
Tua fuligem áspera incomoda
asfixiante
como a indecisão de um homem.
Mas no cenário, tudo se acomoda.
Fulminante.
Sob as tuas sombras, descansa
a mãe, o pai, o adulto e a criança.
E no fechar dos olhos
semeiam lembranças.
Sob os raios de sol, que permites
passar pelas tuas frestas
deitam amantes de serestas
e acordam heróis mais tristes.
(*) márcia fernanda peçanha martins
terça-feira, 22 de setembro de 2009
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